INTRODUÇÃO

As lesões vasculares representam 10 a 20% de todos os pacientes submetidos a uma laparotomia por traumatismo penetrante na população civil urbana. Com a melhora do atendimento pré-hospitalar, mais vítimas graves de trauma são trazidas com vida aos hospitais. A artéria mesentérica superior é lesada principalmente em ferimentos penetrantes e a taxa de sobrevida nestes doentes oscila de 10 a 32% sendo a hemorragia com exsanguinação a causa de morte mais freqüente.

Objetivo

Introduzir o cirurgião no cenário do campo operatório, o mais próximo da realidade, através de dissecação sistemática de cadáveres, visando o profundo conhecimento das vias de abordagem mais apropriadas para cada ferimento, assim como o desenvolvimento de novas táticas mais rápidas e mais seguras para a interrupção da hemorragia; propondo uma nova via de abordagem para a artéria mesentérica superior.

Métodos

Foram dissecados aproximadamente 120 cadáveres frescos no serviço de verificação de óbito da Universidade de São Paulo (SVO), seguindo técnica previamente determinada, no período de 2001 a 2005. Realizamos incisão longitudinal mediana xifo-pubica, com exposição das principais estruturas abdominais, fazendo dissecação e isolamento da artéria mesentérica superior. São registradas fotograficamente todas as etapas necessárias para a obtenção do melhor campo operatório, tratamento e visualização das lesões desta região.

Resultados

A dissecação continuada em cadáveres nos oferece a possibilidade de adquirir o conhecimento anatômico e técnico necessário para a adequada exposição desta região. O treinamento continuado visa à exposição rápida e precisa das estruturas, permitindo o aprendizado dos diversos parâmetros anatômicos, assim como, as diferentes vias de abordagem para a obtenção do melhor campo operatório.

CONCLUSÕES

O treinamento no cadáver nos possibilita o desenvolvimento de novas vias de abordagem para os ferimentos que comprometem a artéria mesentérica superior